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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Hoje é dia "D"!!! Parabéns Drummond!!!!

Biografia:
Carlos Drummond Nasceu em Minas Gerais, em Itabira (cidade cuja memória viria a intervir em grande parte de sua obra)
Descendente, quer pelo lado materno como paterno, de famílias de há muito tempo estabelecidas no Brasil estudou em Belo Horizonte, no Colégio Arnaldo, e em Nova Friburgo com os Jesuítas no Colégio Anchieta, tendo-se formado em Farmácia em 1925 
Com Emílio Moura e outros companheiros e escritores mineiros, fundou o periódico "A Revista", objectivando a divulgação do modernismo no Brasil.  
Publica a primeira obra poética, "Alguma poesia" em 1930 e o seu poema Sentimental é declamado na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil", durante o curso de férias da Faculdade de Letras de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas.
Durante a maior parte da sua vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguindo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua única filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade. 
Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crónicas.  
Em 1934 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde assumiu o cargo de chefe de gabinete de Gustavo Capanema, Ministro da Educação e Saúde. Mantém contudo profusa colaboração, como jornalista literário, em vários periódicos 
Nos anos de 1950, passa a dedicar-se cada vez mais integralmente à produção literária, publicando poesia, contos, crónicas, literatura infantil e traduções, produzindo uma das obras mais significativas da poesia brasileira do século XX.
Forte criador de imagens, sua obra tematiza a vida e os acontecimentos do mundo a partir dos problemas pessoais, em versos que ora focalizam o indivíduo, a terra natal, a família e os amigos, ora os embates sociais, o questionamento da existência, e a própria poesia.
Disponível em: http://www.lusofoniapoetica.com/artigos/brasil/carlos-drumond-de-andrade/biografia-carlos-drumond-andrade.html. Acesso em: 31/10/2014
Parabéns ao homem, ao poeta e ao estudante que fora expulso do colégio de Jesuítas por "insubordinação mental", quisera termos tantos outros "insubordinados" como Drummond a nos deixar um legado tão valioso!
Vamos refletir um pouco com Drummond!

Somos solicitados, desde muito cedo, a assumir , a almejar uma posição no mundo! Sujeitos em busca de identificação, de referência, de pertencimento! A construir na linguagem as marcas, as pistas que nos constituem ou nos constituirão na história. Mesmo que tentemos resistir a esse processo sempre, de alguma forma, seremos "peças" da grande engrenagem chamada Vida (criança, adulto, filho, sobrinho, estudante, professor, médico, esposa, gari e tantas outras coisas)!Assumidas ou atribuídas as posições sociais são inerentes ao homem na singular experiência de conviver!

“Verbo Ser”

Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.

  • Segue coletânea de poemas recitados pelo próprio autor, para nosso deleite!

Poesia

  • Antologia poética /Alguma Poesia (1930)
  • Brejo das Almas (1934)
  • Sentimento do mundo (1940)
  • José (1942)
  • A Rosa do Povo (1945)
  • Claro Enigma (1951)
  • Fazendeiro do ar (1954)
  • Quadrilha (1954)
  • Viola de Bolso (1955)
  • A vida passada a limpo (1959)
  • Lição de Coisas (1962)
  • Boitempo (1968)
  • A falta que ama (1968)
  • Nudez (1968)
  • As Impurezas do Branco (1973)
  • Menino Antigo (Boitempo II) (1973)
  • A Visita (1977)
  • Discurso de Primavera e Algumas Sombras (1977)
  • O marginal Clorindo Gato (1978)
  • Esquecer para Lembrar (Boitempo III) (1979)
  • A Paixão Medida (1980)
  • Caso do Vestido (1983)
  • Corpo (1984)
  • Eu, etiqueta (1984)
  • Amar se aprende amando (1985)
  • Poesia Errante (1988)
  • O Amor Natural (1992)
  • Os ombros suportam o mundo(1935)
  • Futebol a arte (1970)
  • Naróta do Coxordão (1971)
  • Da utilidade dos animais
  • Elegia (1938)
  • Poesia até agora (1948)
  • A última pedra no meu caminho (1950)
  • 50 poemas escolhidos pelo autor (1956)
  • Antologia Poética (1962)
  • Seleta em Prosa e Verso (1971)
  • Amor, Amores (1975)
  • Carmina drummondiana (1982)
  • Boitempo I e Boitempo II (1987)
  • Minha morte (1987)

Infantis

  • O Elefante (1983)
  • História de dois amores (1985)
  • O pintinho (1988)
  • Rick e a Girafa 

Prosa

  • Confissões de Minas (1944)
  • Contos de Aprendiz (1951)
  • Passeios na Ilha (1952)
  • Fala, amendoeira (1957)
  • A bolsa & a vida (1962)
  • A minha Voda (1964)
  • Cadeira de balanço (1966)
  • Caminhos de João Brandão (1970)
  • O poder ultrajovem e mais 79 textos em prosa e verso (1972)
  • De notícias & não-notícias faz-se a crônica (1974)
  • 70 historinhas (1978)
  • Contos plausíveis (1981)
  • Boca de luar (1984)
  • O observador no escritório (1985)
  • Tempo vida poesia (1986)
  • Moça deitada na grama (1987)
  • O avesso das coisas (1988)
  • Auto-retrato e outras crônicas (1989)
  • As histórias das muralhas (1989)


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A vírgula em 4 atos:

A vírgula é um dos elementos que causam mais dúvida em língua portuguesa. Poucas pessoas sabem usá-la adequadamente.
Como cada pessoa fala de uma maneira, singulariza seu tom, faz suas escolhas vocabulares, pausa em momentos diferentes, é um equívoco vincular a vírgula unicamente ao processo de pausar a fala.
Como ela tem poder demais para ser arbitrária. Não podemos emprega-la a esmo.

Veja o vídeo abaixo sobre o poder da vírgula em modificar totalmente os sentido de enunciados construídos com as mesmas palavras:
Notou como a posição da vírgula é imprescindível para a organização do sentido do texto?
Há algumas regras para o emprego adequado da vírgula conforme o padrão culto da língua. Vamos conhecê-las!
1. Use a vírgula para separar elementos que você poderia listar:
Veja esta frase:
Cleide  Joana  Martha Paulo e Hudson foram ao cinema.
Note que os nomes das pessoas poderiam ser listados:
Foram ao cinema:
  • Cleide
  • Joana
  • Martha
  • Paulo
  • Hudson
Isso significa que devem ser separados por vírgula na frase original:
Cleide,  Joana,  Martha, Paulo e Hudson foram ao cinema.
Observe  que antes de “e Hudson” não se usa  vírgula. Como regra geral, não se usa vírgula antes de “e”.
Há uma exceção que explicarei mais adiante.
Veja mais um exemplo:
A sua fronte, a sua boca, o seu riso, as suas lágrimas, enchem-lhe a voz de formas e de cores… (Teixeira de Pascoaes)
2. Use a vírgula para separar explicações que estão no meio do enunciado:
Explicações que interrompem a frase são mudanças de pensamento, esclarecimentos, justificativas e devem ser separadas por vírgula. Exemplos:
José, o funcionário do almoxarifado, não veio hoje.
Dá-se uma explicação sobre quem é José. Se tivéssemos de  classificar sintaticamente o trecho, seria um aposto.

Eu e você, que somos amigos de muitos anos, não devemos discutir.
O trecho destacado explica algo sobre “Eu e você”, portanto deve vir entre vírgulas. A classificação do trecho seria oração adjetiva explicativa.
3. Use a vírgula para separar o lugar, o tempo ou o modo que vier no início do enunciado.
Quando um tipo específico de expressão — aquela que indica tempo, lugar, modo e outros — iniciar a frase, usa-se vírgula. Em outras palavras, separa-se o adjunto adverbial antecipado. Exemplos:
Lá fora, o sol está de rachar!
“Lá fora” é uma expressão que indica “lugar”. Um adjunto adverbial de lugar.
Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.
“Semana passada” indica tempo. Adjunto adverbial de tempo.
De um modo geral, não gostamos de pessoas estranhas.
  • “De um modo geral” é sinônimo de “geralmente”, adjunto adverbial de modo, por isso vai vírgula.
4. Use a vírgula para separar orações independentes
Orações independentes são aquelas que têm algum sentido, mesmo estando deslocadas do texto. Segue um  exemplo:
Acendeu um cigarro, cruzou as pernas, estalou as unhas, demorou o olhar em Mana Maria. (A. de Alcântara Machado)
Nesse exemplo, cada vírgula separa uma oração independente. Elas são coordenadas assindéticas.
Eu gosto muito de chocolate, mas não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, porém não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, contudo não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, no entanto não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, entretanto não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, todavia não posso comer para não engordar.

Entenderam? Antes de todas essas palavras destacadas, chamadas de conjunções adversativas, utiliza-se vírgula. Pra quem gosta de saber os nomes, elas se chamam orações coordenadas sindéticas adversativas.
Orientações importantes:
·        Quando se usa vírgula antes de “e”?
Vimos acima que, como regra geral, não se usa vírgula antes de “e”. Há só um caso em que se utiliza a vírgula, que é quando a frase depois do “e” fala de uma pessoa, coisa, ou objeto (sujeito) diferente da que vem antes dele.
Veja:
O sol já ia fraco, e a tarde era amena. (Graça Aranha)
Observe que a primeira frase fala do sol, enquanto a segunda fala da tarde. Os sujeitos são diferentes. Portanto, usamos vírgula. Outro exemplo:
A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu destino (F. Namora)
Mesmo caso, a primeira oração diz respeito à mulher, a segunda aos filhos.
·        Existem casos em que a vírgula é opcional?
Existe um caso. Lembra do item 3, aí em cima? Se a expressão de tempo, modo, lugar etc. não for uma expressão, mas sim uma palavra só, então a vírgula é facultativa. Vai depender do sentido, do ritmo, da velocidade que você quer dar para a frase. Exemplos:
Depois vamos sair para jantar.

Depois, vamos sair para jantar.

Geralmente gosto de almoçar no shopping.

Geralmente, gosto de almoçar no shopping.

Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.

Semana passada todos vieram jantar aqui em casa.

Note que esse último é o mesmo exemplo do item 3. Vê como sem a vírgula a frase também fica correta? Mesmo não sendo apenas uma palavra, dificilmente algum professor dará errado se você omitir a vírgula.
·        Não se usa a vírgula!
Com as regras acima, pode ter certeza de que você vai acertar 99% dos casos em que precisará da vírgula. Um erro muito comum que vejo é gente separando sujeito e predicado com vírgulaIsso é errado, e você pode ser preso se for pego usando!
Jeito errado:
João, gosta de comer batatas.
Alice, Maria e Luíza, querem ir para a escola amanhã.
Jeito certo:
João gosta de comer batatas.
Alice, Maria e Luíza querem ir para a escola amanhã.
Vamos praticar!
O seu Antônio estava já no fim da vida e escreveu seu testamento. Infelizmente, ele esqueceu da pontuação, e o texto ficou assim:
Deixo minha fortuna a meu sobrinho não à minha irmã jamais pagarei a conta do alfaiate nada aos pobres
Reescreva o testamento 4 vezes, de forma que em cada uma delas você deve dar a herança pra alguém diferente. Você pode usar qualquer sinal de pontuação, mas não pode mudar as palavras.
É um exercício interessante e tem várias formas de ser  resolvido. 
Escrevam suas tentativas nos comentários.Beijos!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Escrita/reescrita de lendas, campo aberto à interpretação!

  • Atividade aplicada no 6º ano do Ensino Fundamental;

Lendas: "O curupira" e "O Boto cor-de-rosa"

  • escrita/reescrita/leitura/interpretação de lendas:

Em círculo fazer a Leitura Oral e compartilhada do texto “O curupira”, seguida de discussão sobre o texto (como uma conversa informal), registro na lousa dos tópicos elencados pelos alunos. esta atividade de coleta de contribuições será o fio condutor de para explicar aos alunos o conceito de lenda. Narrativa popular cujos personagens são seres fantásticos. Que geralmente tenta explicar, oralmente, a origem de um povo, de um fenômeno da natureza ou de acontecimentos misteriosos. O nosso folclore é bastante rico em personagens lendárias. informalmente, solicitar   que citem as lendas que conhecem, como tiram contato, qual mais gostaram, porque gostaram, etc.
O segundo passo: levá-los na STE (sala de tecnologia da educação) para que assistam ao Vídeo da Série “juro que vi”, que conta a Lenda do Boto Cor-de-rosa, solicitar que recontem essa lenda sobre o seu prisma discursivo. Como o Vídeo trabalha mais com imagens e musicalidade,  registro da le
nda fica mais livre e criativo, conforme a escrita de cada um.
Após análise dos textos por parte do professor,  o terceiro passo é formular um momento de reescrita orientando, de maneira geral, aquilo que foi percebido durante as correções que necessita ser melhorado. (espaçamento de parágrafo, parágrafos muito longos, cuidados com pontuação, acentuação, ortografia, coesão e coerência, entre outras orientações que o o professor crer que sejam convenientes).Recolhê-las novamente para nova correção.
Quarto passo: entregar as   atividades prpondo um momento de leitura de algumas das lendas produzidas, em círculo de forma descontraída, para que percebam que por mais que tenham visto o mesmo vídeo, cada um contou a lenda a seu modo, singularizou a história, porque cada sujeito tem sua forma pessoal de interpretar o mundo e tudo nele há (vídeos, leituras, experiências, entre outras) conforme sua bagagem cultural.

Fonte: http://leitoresnaescola.blogspot.com.br/2011/09/lenda-do-curupira.html


Seguem transcritas duas Produções da turma de 6º Ano em que apliquei a atividade, no mês do Folclore (Agosto):

O Boto namorador!!
Esse fato se passa no Rio Amazonas, onde uma bela jovem morava com seu pai em um barco. Um dia, ela foi a uma festa na cidade e lá apareceu um pequeno homem que encantava todas as moças!
Quando o rapaz viu aquela bela jovem sentada no canto do salão, foi amor a primeira vista.
Na margem do rio, eles conversaram e no final da conversa ele deu para ela um lindo colar. Quando os dois iam se beijar ele desapareceu!
Então seu pai chegou e a levou a força embora para casa, mas a coitadinha deixou o colar cair no rio!
Daquele dia em diante a moça não parava de pensar no rapaz!Ficava olhando triste para a água do rio. De repente um boto cor-de-rosa apareceu e logo ela adivinhou que era aquele homem da festa!
Como u passe de mágica, o boto se transformou num homem e os Dois conseguiram dar aquele beijo, depois disso o boto foi embora e ela ficou grávida, como muitas moças que moravam na beira do rio!  Dizem que ele era muito namorador!
 Eduarda Ferreira Fagundes 
12 anos
Aluna do 6º ano C
E.E. Edwards Corrêa e Souza

O Boto
Um ser que vivia no rio Amazonas que defendia os peixes dos pescadores!
Um dos pescadores tinha uma filha. numa noite foram para a festa que estava muito animada. chegou um homem e começou a dançar e tocar, todos pararam para olhar e as mulheres ficaram admiradas. Mas ele não quis nenhuma das assanhadas. Só a que estava triste, sentada. ele a levou para fora escondido do pai e deu um presente. Ela tentou beijá-lo, mas ele desapareceu no rio.
No outro dia, ela estava triste novamente, quando apareceu o boto e se transformou no homem da festa e a beijou. Então viveram felizes para sempre!seu pai permitiu que casassem!
Daniel Freitas 
12 anos 
Aluno do 6º ano C
E.E. Edwards Corrêa e Souza

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Livro “Turma da Mônica: a Reforma Ortográfica em Versinhos”, de Maurício de Sousa e Yara Maura Silva, lançado pela Editora Abril. 
A turminha Explica o que mudou no nosso idioma de forma criativa e divertida.